Embora tenha nascido em 6 de julho de 1907, a pintora gostaria que a data de hoje fosse lembrada como seu centenário: durante muito tempo, Frida afirmou ter nascido em 1910 – ano do início da Revolução Mexicana, que pôs fim ao governo de Porfirio Díaz no país.
Apesar de sua evidente motivação ideológica, o rejuvenescimento de Frida não sobreviveu às investigações de biógrafos e foi descartado pouco depois de sua morte.
Quero aqui falar desta grande mulher e artista , corajosa e de rara fibra, além de um talento surpreendente.
Para me fazer entender, preciso falar um pouco de sua vida.
Aos seis anos contraiu poliomelite, o que à deixou coxa. Já havia superado essa deficiência quando o ônibus em que passeava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu múltiplas fraturas, pois uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa deste acidente fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa numa cama. Era acometida de dores lancinantes.
Quando lhe tomada a vida naquilo que mais prezava, sua inteira liberdade, seu poder de ir e vir pelas suas próprias pernas, ela buscou maneiras de superar essa dor.
Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua cama.
Frida sempre pintou a si mesma: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor".
Pintava suas angústias, suas vivências, seus medos e qundo casada, seu amor pelo marido Diego Rivera.
Frida definia o Surrelismo de forma bastante própria:
"Surrealismo é a surpresa mágica de encontrar um leão num guarda-roupa, onde tínhamos a certeza que encontraríamos camisas."
Fulgurante criatura
de extrema vivacidade no olhar
Seus pés pareciam asas
sempre prontos pra voar
Quando era uma menina
sua alegria contagiante
enternecia o olhar,
andando sempre saltitante
com o mundo a girar
Audaz para uma mulher,
por vezes até ferina,
mas de encantadora ternura
com um jeito de menina
Não disfarçava desejos
e opções sexuais diversas
Sem temer os julgamentos
agia por conta e risco
sem se preocupar com os parâmentos
de um falso puritanismo.
Sempre com intensidade viveu
da vida extraindo o sumo
até o dia em que morreu.
Muitos amantes passaram
por sua curta e sofrida vida
Muitos a admiraram
e outros tantos a invejaram
Mas apenas um ela amou
e por ele foi amada
Era famoso pintor
por ela admirado
Mas grande conquistador
e além de tudo casado
Homem sedutor e carinhoso
a fez sentir-se uma mulher
perfeita como qualquer outra
sem um defeito sequer
Mas tal homem, esse Diego,
defeito grave lhe revelou
Apesar de tanto amá-la
não sabia ser fiel
e queria desposá-la
Ela concordou, talvez
pensando que com seu amor
o libertaria de vez
dessa falta de pudor
Cometeu assim um engano
e tal não aconteceu
e num breve desengano
o seu amor feneceu
Sempre lidando com a dor
que constante a acometia
entregou-se, mais e mais,
ao seu amor pela pintura
Em seus quadros retratava
sua vida, suas desventuras, seu sofrimento
Em tudo o que pintava
tinha em si mesma o centro
E assim, levou sua curta vida
Vivida intensamente, com paixão
E curou a dor e a ferida
com as tintas da ilusão.
Ianê Mello
OLÁ EDUARDO,
ResponderExcluirPARABÉNS PELA BELÍSSIMA POSTAGEM!!!
NÃO CONHECIA O SEU BLOG.
ACHEI REALMENTE, MUITO INTERESSANTE E TENHA A CERTEZA DE QUE VOLTAREI SEMPRE AQUI.
TAMBÉM, APROVEITO PARA CONVIDAR VOCÊ A CONHECER O MEU BLOG:
“HUMOR EM TEXTO”.
A CRÔNICA DESTA SEMANA É SOBRE UM TEMA QUE DESPERTA CONTROVÉRSIAS E MUITA SENSUALIDADE..
SE PUDER, CONFIRA E SE QUISER COMENTE, POIS LÁ O MAIS IMPORTANTE É O SEU COMENTÁRIO.
UM ABRAÇÃO CARIOCA!
Obrigado pelo seu selo.
ResponderExcluirVou colocá-lo no meu blog de astronomia.
forte abraço
Agradeço aos amigos que comentaram sobre o artigo por mim escrito.
ResponderExcluirVoltem sempre.
Grande abraço.