Ianê Rubens de Mello
Breve Histórico
Nasce em Goiânia, em 10 de abril de 1985, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, depois conhecida como Cora Coralina.Poeta e contista brasileira, que antes de ter sido descoberta era uma mulher muito simples, doceira por profissão.
Sua obra
Os elementos de seu cotidiano, sua origens humildes e interioranas foram fonte de inspiração para que cada vez mais ela se tornasse uma expressão de qualidade literária jamais vista por outro poeta do Centro-oeste brasileiro.A simplicidade de sua escrita, vez que desconhecia as regras gramaticais, valorizou a mensagem ao invés da forma, sendo uma escrita de grande força e pungência.
Alguns de seus poemas
NÃO SEI...
Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho, do gado e da tulha.
Fartura teremos e donos de sítio felizes seremos.
Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Errata dessa matéria: Cora Coralina (1889-1985) poetisa brasileira.................segundo a esse site, http://www.e-biografias.net/cora_coralina/
ResponderExcluirEu precisei do teor dessa matéria postada na Revista Aquiles, para manifestar a minha indignação quanto ao teor da matéria da Revista Bula, que na minha opinião de leitora e poetisa amadora, desmereceu nossas poetisas em geral e especial mente uma poetisa nata e rica em gianialidade. Como a Autora Cora Coralina. Obrigada. Maria Delmond. http://www.revistabula.com/254-os-10-maiores-poemas-dos-ultimos-200-anos/